segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Meu amor pela dança

Há muito tempo eu já queria ter escrito um post sobre uma das minhas grandes paixões que é a dança, minha experiência com ela, os sentimentos que ela desperta em mim.
Não me recordo exatamente quando minha paixão pela dança começou. Hoje olho os registros, e vejo que eu sempre estava lá em todas as festas do colégio, mas recordo como se fosse hoje quando comecei oficialmente: aos 7 anos, no colégio que eu estudava. Eu fazia dança moderna, depois passei pelo Ballet, pela ginástica artística, pelo Jazz e finalmente pela dança de salão, sem falar em todos os jogos olímpicos que apesar de ser uma admiradora do esporte apenas pela televisão, eu estava em todas as aberturas e lindas apresentações que eram feitas pelo colégio. Eu era tão viciada naquilo que até apresentações de outras escolas eu ia.
As apresentações eram sempre muito marcantes! As do Teatro da Paz foram as mais especiais, pela beleza do teatro e pelo sentimento que tomava conta de mim nos ensaios, o frio na barriga por de trás das coxias. Sempre que entro lá este sentimento saudosista, toma conta de mim.
Eu não tinha muito noção do quanto a dança era importante pra mim, e o turbilhão de sentimentos que ela provocava em mim seja quando eu estava dançando ou quando era apenas uma expectadora.
A medida que fui me conhecendo melhor, fui observando que não perdia um filme que tivesse dança, até aqueles com os roteiros mais monótonos, bobos, me deixavam atônita. Nos jogos olímpicos a única coisa que me chamava atenção era a ginástica e patinação artística, ou seja, tudo que envolvia música e movimento.
Depois por algum tempo fiquei me questionando se havia dentro de mim um sonho incubado de ter me dedicado aquilo profissionalmente ou um arrependimento amargo de ter interrompido a minha relação com a dança tão cedo. Hoje eu sei que era arrependimento, ainda tenho este sentimento, mas hoje ele já não é mais forte quanto foi um dia.
Sempre fui protagonista da minha vida, não procuro ficar presa no passado e costumo olhar sempre muito pra frente, então resolvi fazer algo a respeito. Antes tarde do que nunca, ainda não me dedicando o quanto eu gostaria, afinal tem outra paixão que ainda toma a maior parte do meu tempo, que é o meu trabalho, mas para não ficar remoendo o sentimento de não priorizar algo que me faz tão bem, que me deixa “full”, a 1 ano e meio, voltei a dançar.
A dança é um momento meu comigo mesma. É um momento de silêncio intimo, onde apesar da musica, consigo ouvir minha respiração, me ouvir internamente. Posso dizer que tenho poucos momentos como este, mas certamente este é um deles.
A dança me ajuda a desconectar da rotina ou de qualquer preocupação. É um momento de desprendimento de energia ou às vezes de recarga, depende do sentimento do momento.
Apesar de me identificar mais com algum estilo ou outro, qualquer um me desperta o mesmo sentimento: me deixa atônita de tanto encantamento, concentrada, ao mesmo tempo em que os músculos se enrijecem, a sensação é de leveza, estar flutuando, é como se a vida se resumisse aquilo: música e movimento, a mais perfeita união. É como eu defino a dança.
A dança é hoje pra mim é um dos maiores exemplos de diversidade, atinge todas as idades, gêneros, classe social. Ela tem a capacidade de conectar as pessoas e ao mesmo tempo desconectar e permitir que você tenha um tempo com você. Ela é pura transformação: do corpo, da mente e da alma. É auto-conhecimento puro!! 
A dança também me fez crescer, hoje consigo enxergar o quanto ela tem contribuído no meu desenvolvimento como líder. Acharam estranho esta analogia? Parece estranha mesmo, mas tem uma relação muito interessante. Bem, mas isto daria outro post, apenas vou dar uma dica: confiar e conquistar confiança, elemento importantíssimo em gestão de pessoas. Prometo escrever sobre isto em outro momento. Podem me cobrar!
Sonho um dia poder me dedicar ainda mais a dança. Conseguir dançar todos os dias já seria um grande passo, me desafiar mais também! Ela me encoraja todos os dias a superar meus limites. Mas aprendi com um amigo que o ótimo é inimigo do bom! Então se ainda não dá pra fazer o ótimo e realizar meu sonho, que eu faça o bom e vá construindo ele aos pouquinhos.
Desejo a todos que assim como eu abram um espacinho do seu tempo e da sua vida se deixem levar pelos seus sonhos e por suas paixões. Certamente aí estarão se permitindo reencontrar com sua essência.
“Ao dançar o ser humano se reencontra com sua mais profunda essência: a sua Alma”.
Eu me reencontrei com a minha...
Beijo no coração!
R.G