segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Meu amor pela dança

Há muito tempo eu já queria ter escrito um post sobre uma das minhas grandes paixões que é a dança, minha experiência com ela, os sentimentos que ela desperta em mim.
Não me recordo exatamente quando minha paixão pela dança começou. Hoje olho os registros, e vejo que eu sempre estava lá em todas as festas do colégio, mas recordo como se fosse hoje quando comecei oficialmente: aos 7 anos, no colégio que eu estudava. Eu fazia dança moderna, depois passei pelo Ballet, pela ginástica artística, pelo Jazz e finalmente pela dança de salão, sem falar em todos os jogos olímpicos que apesar de ser uma admiradora do esporte apenas pela televisão, eu estava em todas as aberturas e lindas apresentações que eram feitas pelo colégio. Eu era tão viciada naquilo que até apresentações de outras escolas eu ia.
As apresentações eram sempre muito marcantes! As do Teatro da Paz foram as mais especiais, pela beleza do teatro e pelo sentimento que tomava conta de mim nos ensaios, o frio na barriga por de trás das coxias. Sempre que entro lá este sentimento saudosista, toma conta de mim.
Eu não tinha muito noção do quanto a dança era importante pra mim, e o turbilhão de sentimentos que ela provocava em mim seja quando eu estava dançando ou quando era apenas uma expectadora.
A medida que fui me conhecendo melhor, fui observando que não perdia um filme que tivesse dança, até aqueles com os roteiros mais monótonos, bobos, me deixavam atônita. Nos jogos olímpicos a única coisa que me chamava atenção era a ginástica e patinação artística, ou seja, tudo que envolvia música e movimento.
Depois por algum tempo fiquei me questionando se havia dentro de mim um sonho incubado de ter me dedicado aquilo profissionalmente ou um arrependimento amargo de ter interrompido a minha relação com a dança tão cedo. Hoje eu sei que era arrependimento, ainda tenho este sentimento, mas hoje ele já não é mais forte quanto foi um dia.
Sempre fui protagonista da minha vida, não procuro ficar presa no passado e costumo olhar sempre muito pra frente, então resolvi fazer algo a respeito. Antes tarde do que nunca, ainda não me dedicando o quanto eu gostaria, afinal tem outra paixão que ainda toma a maior parte do meu tempo, que é o meu trabalho, mas para não ficar remoendo o sentimento de não priorizar algo que me faz tão bem, que me deixa “full”, a 1 ano e meio, voltei a dançar.
A dança é um momento meu comigo mesma. É um momento de silêncio intimo, onde apesar da musica, consigo ouvir minha respiração, me ouvir internamente. Posso dizer que tenho poucos momentos como este, mas certamente este é um deles.
A dança me ajuda a desconectar da rotina ou de qualquer preocupação. É um momento de desprendimento de energia ou às vezes de recarga, depende do sentimento do momento.
Apesar de me identificar mais com algum estilo ou outro, qualquer um me desperta o mesmo sentimento: me deixa atônita de tanto encantamento, concentrada, ao mesmo tempo em que os músculos se enrijecem, a sensação é de leveza, estar flutuando, é como se a vida se resumisse aquilo: música e movimento, a mais perfeita união. É como eu defino a dança.
A dança é hoje pra mim é um dos maiores exemplos de diversidade, atinge todas as idades, gêneros, classe social. Ela tem a capacidade de conectar as pessoas e ao mesmo tempo desconectar e permitir que você tenha um tempo com você. Ela é pura transformação: do corpo, da mente e da alma. É auto-conhecimento puro!! 
A dança também me fez crescer, hoje consigo enxergar o quanto ela tem contribuído no meu desenvolvimento como líder. Acharam estranho esta analogia? Parece estranha mesmo, mas tem uma relação muito interessante. Bem, mas isto daria outro post, apenas vou dar uma dica: confiar e conquistar confiança, elemento importantíssimo em gestão de pessoas. Prometo escrever sobre isto em outro momento. Podem me cobrar!
Sonho um dia poder me dedicar ainda mais a dança. Conseguir dançar todos os dias já seria um grande passo, me desafiar mais também! Ela me encoraja todos os dias a superar meus limites. Mas aprendi com um amigo que o ótimo é inimigo do bom! Então se ainda não dá pra fazer o ótimo e realizar meu sonho, que eu faça o bom e vá construindo ele aos pouquinhos.
Desejo a todos que assim como eu abram um espacinho do seu tempo e da sua vida se deixem levar pelos seus sonhos e por suas paixões. Certamente aí estarão se permitindo reencontrar com sua essência.
“Ao dançar o ser humano se reencontra com sua mais profunda essência: a sua Alma”.
Eu me reencontrei com a minha...
Beijo no coração!
R.G

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Experiência ou Percepção de vida

Porque temos tanta dificuldade de respeitar as escolhas dos outros? Porque acham que as suas são melhor do que a dos outros? Até acredito que algumas sejam por experiência, porque já viveram algo parecido, e considero genuinamente que devemos aprender com a experiência de outras pessoas, seja de sucesso ou de insucesso. Mas receio que a grande maioria das vezes não se trate disso, e simplesmente por julgamento, por julgarmos que o nosso estilo de vida é melhor do que de outras pessoas. Será que quando julgamos pelo menos conseguimos separar o joio do trigo? Fazer esta reflexão do que é a minha experiência e o que é a minha percepção?
A experiência geralmente tem atrelado a ela fatos e dados, que permite no mínimo você argumentar porque o melhor caminho seria por este ou por outro. Mas a percepção não, esta é somente sentida, não necessariamente ela se tornará um fato, é apenas a nossa visão dos possíveis fatos. E daí é muito difícil você prever o que pode acontecer.
Enfim, a verdade é que isto tem me incomodado muito ultimamente, e ao mesmo tempo me reconheço muitas vezes fazendo julgamentos parecidos. Talvez seja esta uma grande oportunidade de dar continuidade a minha reforma intima, e ao que eu tento colocar em pratica todos os dias: não faça aos outros o que vc não gostaria que fizesse com você. Porque se pararmos pra pensar, mais julgamos do que procuramos entender a verdade do outro, as escolhas e simplesmente entender que ele (a) é feliz assim!
Uma vez meu irmão me disse que na vida não existe o certo e o errado, pois o mesmo é relativo, quando falamos de estilo de vida. Isto soou meio confuso pra mim no primeiro momento que ouvi, pois confesso que tive uma criação bem pragmática e cartesiana (isto é certo/ isto é errado, lei do homem, lei de Deus...leis e mais leis) nada muito diferente do que se pregava a sociedade aí fora, e ainda hoje a sociedade pensa na maioria das vezes assim, mas o mundo tem mudado muito, tem tido movimentos que nos forçam a pensar de forma tridimensional, a tal geração Y, e não é a toa que dizem que se muitos pais não saírem de suas zonas de confortos e irem buscar progredir, estudar, terão dificuldades de criar ou acompanhar seus filhos.
Apesar do pragmatismo, meus pais foram buscar algo mais espiritual e menos racional para guia-los e ajudar em nossa formação. Eles nos permitiram conhecer uma filosofia de vida que nos permite muito questionar, mas também tem um quê de pragmatismo, pois também te dá direcionamentos de caminhos: porta estreita e porta larga, ou talvez seja o nosso modelo mental que ainda nos faça encará-la desse jeito. Enfim, mas o que eu mais gosto desta filosofia/doutrina ou como queiram chamar, é o livre-arbítrio. Somos responsáveis pelas nossas escolhas, pelas consequências também, e apesar de querermos sempre evitar as consequências ruins, nossa falta de fé (ainda que momentânea) nos faz esquecer que é dos erros que vem nossos maiores aprendizados. Como seriam nossos aprendizados se não errássemos? Talvez não tivesse o mesmo significado dos aprendizados que também temos com nosso sucesso.
Acho que a conclusão que eu chego pelo menos agora é que a visão de mundo de cada um é pra si. Você pode até compartilhar se quiser, eu gosto muito de compartilhar a minha. Você pode se surpreender, pois ela pode provocar movimentos positivos nas pessoas, mas isto não deve se tornar uma expectativa! Se provocar ótimo, senão que sua consciência esteja tranquila quanto ao fato da sua visão de mundo ser o que você acredita que tem que ser, e que ela lhe faz feliz, e se um dia algo estiver errado nela, a própria vida vai te mostrar.
Não precisamos impor isto a ninguém, nem forçar a barra porque nos julgamos mais experientes, vividos e certos. Sem a pretensão de desmerecer os mais velhos, mas a maturidade e a sabedoria das pessoas não estão na idade, mas na forma como você absorve os aprendizados de suas experiências, e as mudanças que se faz a partir disso.
Desejo que a gente se apegue mais na experiência e do que aprendemos com ela, e menos nas percepções. Que a gente se permita trocar, ouvir ativamente o outro, se abrir para outros modelos mentais, e quem sabe assim sejamos mais surpreendidos, afinal independente da idade, sexo, gênero, credo e cor, somos eternos aprendizes diários desta bela experiência que é a vida.
Grande beijo!
R.G

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Interdependência na vida e nas relações

É impressionante como o mundo é interdependente. Já tiraram algum minuto para pensar nisso? os seres vivos precisam definitivamente um dos outros para sobreviver, viver! mas não irei entrar em detalhes, penso que se todos tivessemos consciência do quanto o planeta precisa da gente e a gente dele, talvez teriamos uma olhar diferenciado sobre muitas de nossas ações cotidianas, e entenderiamos o sentido mais amplo do que significa sustentabilidade, mas este assunto daria um outro post certamente.
Ainda refletindo sobre a interdependência das coisas, e ai quero entrar um pouco no poder das relações. Esta semana um querido amigo, um dos autores da Rede Ubuntu, que mencionei no meu último post, fez uma declaração muito linda de agradecimento, e este post dele surgiu a partir do meu último.
A verdade é que o textos dele e nossas curtas conversas me fazem muito refletir, pensar, repensar..me inspiram e já provocaram algumas mudanças em mim, e como uma de suas leitoras e amiga, no mínimo ajudei de alguma forma a reafirmar o seu propósito de vida.
Enfim, daí surgiu imediatamente uma reflexão e gostaria de compartilhar. O ser humano também é interdependente, não é? apesar dele ser um ser completo, compartilhar algo com alguém tem um significado incrível. Não há sentimento melhor do que fazer a diferença na vida de alguém, de alguma forma....É uma sensação de gratidão a vida, de ser útil, de caminho certo, de felicidade, de poder..já pensou se todo mundo se sentisse poderoso por representar algo na vida de alguém? o mundo teria mais amor, e menos guerra certamente!
Esta troca de mensagens, de experiência, de inspiração com o querido Edu, só me mostra o quanto somos capazes de provocar movimentos nas pessoas e certamente no mundo! e pensar que o ser humano é incrível mesmo! pequenos gestos, palavras, experiências compartilhadas são capazes de mudar vidas, pensamentos, a ótica do mundo pra melhor ou para pior, claro! tudo depende do que você está disposto a dar e a receber.
Desejo cada vez mais que possamos influenciar positivamente a vida de outras pessoas, que possamos acolher, ouvir, amar, ajudar, elogiar, que possamos provocar muitos movimentos em nossa vida e na de outras pessoas, que a gente faça a diferença por onde passarmos, com quem encontrarmos, pois a beleza das relações está nesta troca diária de aprendizados. Nós somos seres únicos e com uma capacidade incrível de fazer a diferença na vida de alguém e no mundo.
Obrigada vida, obrigada papai do céu por este ensinamento! 
grande beijo
R.G 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

DIA ESPECIAL, OBRIGADA EDU!

Caraca!!!!! Hoje é um dia mega especial pra mim!!!!! Não sei se é recente, só sei que somente ontem percebi. Recebi a honra de estar como parceira em um blog que admiro muito que a Rede Ubuntu. Quem ainda não conhece a Rede Ubuntu, convido a conhecê-los, é um blog que fala sobre temas diversos, ligados a essência do ser humano, por sinal para quem não sabe, é isto que significa Ubuntu.
O blog é realmente inspirador! Pra quem gosta de profundidade, de ler e de refletir sobre a vida, suas possibilidades, pra quem gosta de gente, de aprender com experiência dos outros, enfim..tem uma proposta incrível de Eupreendedorismo! Já ouviram falar disso? Então, outro dia posso falar sobre o que entendo, e ou já li sobre o assunto, mas saibam que algo totalmente fora da caixa!
Mas voltando a falar sobre o que estou sentindo! Lá no meu íntimo pensei que um dia eu gostaria de escrever na Ubuntu ou me tornar uma parceira de alguma forma. Só não achei que pudesse ser tão cedo, não me sentia preparada, até porque quando comecei o estadofull o objetivo era realizar algo que me deixa full (plena) que é escrever! No fundo sempre existiu um propósito intimo muito maior não só de auto inspiração, mas de alguma forma poder inspirar outras pessoas que se identificassem de alguma maneira com aquilo que estou escrevendo, vivendo, pensando, sentindo, enfim gostaria invadir um pouco a vida das pessoas e plantar sementes, mas tinha receio de ser pretensiosa, de colocar a minha verdade e achar que as pessoas pudessem entender como algo absoluto, simplesmente porque é a minha visão de mundo e que ela me faz feliz!
Acho que estou me tornando aos poucos mais corajosa, preciso me dedicar mais, hoje escrevo muito menos do que gostaria, ainda me deixo muito levar pela correria da vida. Não sei se estou preparada ainda acho que não, mas estou muito feliz de estar sendo estimulada e inspirada a isto; por alguém estar me mostrando que este propósito íntimo, mesmo que ainda não totalmente definido do blog, possa ganhar cada vez mais identidade.
Obrigada Edu pelo estímulo e me chamar de parceira!. Saiba que tem sido de verdade inspirador para que eu possa continuar a minha busca, para que eu seja mais corajosa, tenha menos medo da minha luz e possa de verdade realizar sabiamente meu propósito.  
Grande beijo.
R.G

Viva o amor!

Eu precisava compartilhar o texto do Jabor abaixo, primeiramente porque gosto muito da forma escrachada como ele escreve, e porque reflete muito o que a vida me ensinou e verdadeiramente acredito! Pode não ser nada romântico, mas é a vida como ela é, as vezes nem sempre como nos romances, e nas novelas..mas Muito, Muito bela!!!!
O amor é algo mais real do que imaginamos, nos coloca mais pé no chão do que nos tira dele, como diz o texto é pra somar e não se completar ninguém, pois deveríamos todos um dia descobrir que somos completos, que temos tudo que precisamos para ser feliz! que geralmente nossos maiores adversários na vida e no amor somos nós mesmos! A questão é que compartilhar tudo o que somos e podemos ser com alguém nos faz muito feliz.
Existe sim uma diferença muito grande entre encontrar alguém que complete você ou que complemente você. Muitos anos da minha vida passei procurando a primeira opção, e sinto dizer que me frustrei muitas vezes! Até que me apaixonei por alguém, que fui conhecendo aos poucos, descobrindo quem ela era, o que ela mais gostava de fazer, seus medos, suas alegrias, suas fraquezas e fortalezas..me apaixonei por mim mesma, percebi que sou sim este ser completo que tenho muito prazer na minha companhia, deixei de ter necessidade de ter alguém, passei a cuidar mais do meu jardim, como diria Drummond e as borboletas vieram..e conheci uma especialmente que me complementava. Ela não tinha o mix de todas as borboletas que já visitaram o meu jardim, mas tinha aquilo que eu acreditava que era importante para me ajudar a ser alguém melhor.
E é isso, meu amor me instiga todos os dias a ser mais paciente, mais tolerante, mais caridosa, mais compreensiva, mais participativa, me tira do meu próprio umbigo. E o melhor de tudo, ele me mostra todos os dias, que posso ser e fazer tudo isso sem perder a minha essência, sem anular este ser completo que sou. Ele não ofusca em nada a luz que existe em mim, pelo contrário, continuo tendo a liberdade que sempre tive de mostra-la.
Pode não ser infinito, mas que seja eterno enquanto dure! Carpem Dien! Viva o amor!!!
grande Beijo!
R.G

Texto do Arnaldo Jabor




Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim.
Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah,terminei o namoro...' - 'Nossa,quanto tempo?' - 'Cinco
anos...Mas não deu certo...acabou'
- É? não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se
somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você
mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais
básico que é uma delícia.
E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate...se joga...senão
bate...mais um Martini, por favor...e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se
a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro,
recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar,
seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem to
d
o sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A fé e emoção coletiva falam mais que as dúvidas e a intolerância

Este post não é meu, infelizmente! pois adoraria ter escrito algo tão verdadeiro, mas como esta epoca do ano é muito especial para todos nós paraenses, eu não poderia deixar de compartilhar.
Sem falar ainda que o texto é profundo, global e muito democrático e nos remete a tantas reflexões! Tenho certeza de que independente de religiões, só quem já assistiu presencialmente esta linda festa de perto consegue traduzir tanta emoção!. Parece algo meio sem sentido aos que não fazem culto às imagens como eu!, mas é algo tão emocionante, a energia é tão forte que só pode ter as bençãos e energia maravilhosa de nosso pai maior e deste espírito de luz que é a Maria mãe do nosso mestre Jesus.
Feliz Círio aos paraenses e ao Brasil um desejo de que algum dia tenham oportunidade de participar desta festa linda!!! 

Grande Beijo!  RG.

Por Pedro Valiati   
15 de setembro de 2011
Círio de Nazaré
Todo mês de outubro em Belém, capital paraense, ocorre a maior festa religiosa do Brasil e também do planeta. Trata-se do Círio de Nazaré. Apenas a título de curiosidade, conheceremos um pouco da história da festa antes de entrarmos na questão moral, relativa à mesma. Conta a história que em 1700, um homem chamado Plácido teria encontrado entre as pedras uma imagem de Maria – mãe do Cristo – em madeira, medindo aproximadamente 28 centímetros. Ela estava  amamentando seu filho. Plácido então, resolveu limpá-la e dar-lhe um altar na própria casa. No entanto, por diversas vezes, a imagem retornava ao lugar onde fora encontrada. Interpretando tal fato como milagre, Plácido resolveu construir uma pequena ermida no lugar onde fora encontrada. Neste lugar hoje se encontra a basílica de Nazaré. A imagem atraía tamanha atenção do povo que o governador da época, Francisco Coutinho, determinou  sua remoção para o palácio da cidade, em Belém, colocando inclusive, guardas para vigiá-la durante as 24 horas do dia. Não demorou muito, e segundo a história, a imagem retornou a pequena ermida. A partir desse momento, a devoção tornou-se ainda maior na região originando-se, em 1773, na festa do Círio de Nazaré.Engana-se quem imagina que adentraremos na questão do culto a imagens, seria superficial e injusto classificar ilegítima uma festa de mais de 200 anos, a qual atrai mais de 2 milhões de pessoas, por uma questão de sincretismo religioso. Igualmente, não destacaremos os excessos cometidos por alguns nesta festa, diga-se o consumo de álcool, ou ainda a questão da maceração física, também praticada por outros. Há muito mais por trás do Círio de Nazaré.Quantas são as oportunidades de visualizarmos uma manifestação religiosa de prática do catolicismo reunindo não apenas católicos, mas evangélicos, espíritas, umbandistas, etc.?  Até os que não tem religião determinada, comparecem todo ano ao encontro com a festa religiosa. O Círio não pertence a determinada religião, está acima disso. Ele pertence ao povo que o realiza e que o considera tão importante quanto o natal. O  Círio é de todos. Nele, não existe padre nem pastor, pobre ou rico, o negro ou o branco. Todos querem contribuir no percurso em que a berlinda com a imagem de Maria percorre e homenageá-la. Tal fato nos revela que é possível a convivência entre as religiões sem agressões ou querelas, sem acusações ou imposições, basta apenas que algo acima se manifeste: A Fé.A nós espíritas, não pensemos que o plano espiritual encontra-se cego ou ausente a tal manifestação. Nos é relatado que as legiões do bem são acionadas para a assepsia fluídica da cidade, envolvendo os fiéis para que todos que ali estão movidos por um sentimento de amor sintam-se melhores. Existe um envolvimento espiritual das falanges do bem em favor da cidade e igualmente dos romeiros, como são chamados aqueles que acompanham a berlinda. Alguns irmãos dotados da vidência igualmente relatam uma entidade, enviada direta de Maria, no lugar onde se encontra a imagem da santa, a distribuir bênçãos e fluidos de amor aos fiéis. As palavras não definem o alcance e o significado sentimental da festa. É necessária a presença no local para o entendimento de tamanha emoção com a passagem da imagem da santa e também do significado do almoço do Círio, símbolo de união da família em forma de alegria e agradecimentos pelo momento vivido.Não é fácil compreender o Círio como fenômeno de fé. O sentimento é tão contagiante e verdadeiro quanto inexplicável, não entendemos a emoção gratuita das pessoas, não sabemos se as lágrimas são fruto do alcance de uma “graça”, um pedido atendido, a cura de uma doença, uma dificuldade vencida, ou a simples emoção coletiva que toma a todos. Se não nos é dada a capacidade da compreensão, que possamos ao menos verificar a vitória da tolerância religiosa em torno de um sentimento coletivo. Se não concordamos com a figura da festa, que admitamos e reflitamos acerca da presença divina no cortejo, algo bem maior que dúvidas ou preconceitos religiosos está em questão. O Círio é fruto da fé dos povos e das religiões ali manifestas, sob a égide e amparo de Deus e, naturalmente, sob as bênçãos da mãe do Cristo, da mãe de todos.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Resignificando a vida

Esta semana tive que me despedir de uma das pessoas mais incríveis que já conheci nesta jornada, e mais amada também. Não foi um adeus, porque acredito na continuidade da vida e no reencontro sempre dos que se amam, então foi um até breve.
Por muitos momentos achamos que ela ficaria mais tempo conosco, e que papai do céu não iria chama-la tão brevemente, mas ele me disse através do seu evangelho que ela já cumpriu o que era dela aqui nesta jornada, e nós ainda não terminamos, talvez ainda nem tenhamos começado o que nos propusemos a fazer.
Minha tia Emilinha, ou a preta, como ela era chamada por nós familiares, é uma das pessoas mais cheias de vida, alegres e resignadas que também conheci até meus quase 33 anos. Como meu pai escreveu em sua homenagem publicada ao jornal, ela não perdia tempo com aquilo que não era importante, ouvia muito, falava pouco, sorria muito, sempre! Eu nunca a vi reclamar nada da vida, nem nos momentos mais difíceis. Ela tinha sempre um sorriso no rosto, era paciente, vibrava pela vida, era intensa, vivia um dia pós o outro, às vezes como se fosse o último.. Sempre muito pratica e racional, não foi a toa que se dedicou à ciência e ao ensino. E seu lado emocional foi sempre dedicado ao amor pela família, pela dança, pelas viagens, e pela vida!
Se tentarmos nos desprender um pouquinho da visão estreita e materialista da vida, e pensarmos um pouco na vida espiritual que todos nós iremos viver um dia. Ela viveu coisas que muitos de nós aos 30, 40, 50 (idade que ela tinha), 60, 80! Não viveram, e talvez não vivam porque não tem esta capacidade que ela tinha ou por não ser um apaixonado pela vida como ela é.
Ela encontrou o grande amor da vida dela, fez viagens inesquecíveis, todas as sextas (assim conta meu tio) era sagradamente o melhor dia da semana, teve a sorte de conhecer Paris, umas cidades mais lindas do mundo, se dedicou aos seus filhos como se espera de uma grande mãe.
Gostaria que apesar da saudade que estamos sentindo e dos questionamentos que estamos nos fazendo, e talvez ainda faremos por algum tempo, a gente consiga pensar no que ela deixou pra gente como educadora da vida que ela era.
 Muitas vezes buscamos a vida inteira ser feliz, mas sabemos que a vida é feita de momentos felizes, pois é repleta de altos e baixos. Sendo ótimos acumuladores de lixo interno, pois guardamos muita magoa dentro de nós seja em relação ao próximo, a nós mesmos, ou à vida porque achamos que não foi justa conosco. Perdemos mais tempo na vida julgando os outros, o que é certo e errado, se é bom ou ruim; do que de fato vivendo e experimentando aquilo que o outro tem a nos oferecer e vida tem a nos ensinar. Se doeu é porque tínhamos que aprender e não a reclamar ou lamentar.
Muito pouco nos propomos a nos conhecer, a conhecer mais sobre nosso proposito nesta vida, a nossa razão de ser, de existir, o que a vida espera de nós, o que Deus espera de nós, o porque de nossas escolhas, o que preciso melhorar em mim que me impede de ser alguém melhor. É mais cômodo reclamar, se lamentar, fazer papel de vítima, culpar alguém..a vida, Deus, do que de fato nos responsabilizarmos pelas nossas provações, pois em algum momento estamos ou estaremos expiando ou resgatando as nossas faltas.
Desejo que o proposito de vida de cada um seja a descoberta sobre sí mesmo, pois acredito que só assim sim é possível conhecer o outro e aceita-lo como é. E ao invés de julgar e questionarmos o outro, a vida, os desígnios de Deus, possamos ajudar na construção do nosso EU, na construção do outro, de um mundo um pouco mais amplo do que aquele que vivemos; na expectativa não de ter uma vida feliz aqui e agora, mas de evoluir espiritualmente e moralmente para o amanhã, onde de fato é o nosso lugar. Estamos aqui só de passagem, Deus nos deu a vida para que pudéssemos vive-la intensamente, construir uma historia, mas acima de tudo para que pudéssemos aprender tudo que ela nos dá oportunidade de aprender, seja pelo amor ou pela dor, e assim nos tornarmos melhores a cada dia.
Espero que os ensinamentos que por hora a tia Emiliana nos deixou possa tomar conta de nós para que possamos resignificar nossas vidas.
Ela resignificou a dela muitas vezes e sempre cheia de esperança e com sorriso no rosto.
Obrigada tia por ter estado ao meu lado fisicamente nos momentos mais importantes da minha vida. E agora espiritualmente, estou certa de que continuará comigo sempre que eu precisar de você. Obrigada pelas lições deixadas, e pelo que você ainda nos ensinarás com todos os resignificados de vida que iremos fazer a partir de agora.
Todo meu amor sempre,
Os laços de amor jamais sem rompem com a distância, mais uma vez até breve!
Beijos da sua sobrinha querida (como vc me chamava)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Amor pelo que faz!!

Estava sumida...mas este últimos 2 meses...não tem sido fáceis..até tinha muito a escrever sobre tudo que tem se passado comigo, mas o tempo, ou a minha gestão sobre o mesmo nao tem me permitido. Mas estou de volta e quero falar sobre algo que me deixa full!
Este ano fiz 10 anos de formada, e mês passado completei 5 anos onde eu trabalho. Um filme passa na minha casa: como o tempo passa rápido! que trajetória profissional bonita tenho construido!, quantos aprendizados!, enfim são muitas as lembranças.
Talvez vcs se perguntem porque 5 anos é mais importante que o primeiro, que o segundo, que o terceiro etc? - De fato não é! mas é que talvez eu nao imaginava ficar tanto tempo em um só lugar. Sem tirar o mérito de onde eu passei, afinal foram GRANDES escolas!, mas sempre tive a sensação, feeling que estava ali só de passagem,  foi uma fase muito importante..mas de fato só uma passagem como eu imaginava que seria. 
Aqui foi diferente, em um primeiro momento fui atraida pelos desafios, vontade de mudar, de crescer, mas logo depois descobri que foi um encontro de almas! - Isto sôou meio romantico ou clichê, não é mesmo? se tratando de um mundo corporativo onde metas, resultados, lucro, pressão por vezes torna a relação funcionário-empresa algo tão comercial; ou talvez pareça algo frio do tipo: se a empresa foi um encontro de almas, que tipo ou qualidade de encontros esta moça tem por aí? rsrs.
Cada dia que passa tenho mais certeza que tudo na vida é relativo e uma questão de ponto de vista. Eu encontrei um lugar onde as crenças e valores vivenciados nela são muito alinhados aos meus. É um lugar que me permite ser autentica, onde o erro é em grande parte visto como parte do processo de aprendizagem humana; é um lugar que me incentiva  e me desafia todos os dias a olhar pra dentro de mim, a ter um sentido de vida, pois assim como eu ela acredita nas pessoas e na construção de um mundo melhor!
Aqui conheci a realização plena da minha profissão, descobri o prazer de servir as pessoas através do meu trabalho e de me realizar na conquista do outro, pois até então eu tinha este prazer na minha vida pessoal e o outro era alguém com quem eu tivesse muita intimidade, agora não isso se tornou muito mais amplo.
É obvio que como todo encontro de almas em processo de construção, também tivemos e temos momentos difíceis, de crise, de superação, de perdão, de incoerência...nada diferente do que vivenciamos no mundo lá fora, na vida!, mas nao é por isso que a vida deixa de ser bonita, não é? - pelo menos pra mim não!
Agradeço a Deus pela oportunidade de conhecer o amor pela minha profissão, por ter encontrado nela maneiras de realizar o  meu proposito, pela possibilidade de ajudar e de inspirar pessoas através dela, por pode honrar todos os dias com o meu compromisso com a MINHA verdade, e claro à todas as PESSOAS que me ajudaram e me ajudam todos os dias a vivenciar isso.
Como é de praxe! sempre que agradeço, desejo alguma coisa a alguém. Então aí vai o meu desejo: - Que todos possam desfrutar da mesma sensação, ou independente do lugar que estejam, que possam descobrir em suas profissões algo muito maior do que uma simples moeda de troca, mas uma oportunidade de realização, construção de sonhos, de sensação de dever cumprido, de sentido, de se sentir FULL!!
Lembram que falei que o proposito do blog era falar de coisas FULL, então: isto aqui é mais do que uma homenagem a este encontro de almas, mas é vontade de compartilhar com as pessoas a minha crença de que o universo conspira ao nosso favor quando colocamos AMOR de verdade naquilo que fazemos. Todo o resto é consequência disso.    
Grande Beijo
RG.                                           

quarta-feira, 8 de junho de 2011

SER e TER: eis a questão!!!!

Esta semana tenho estado bastante reflexiva quanto ao SER e TER. Eu sempre me considerei uma pessoa mais voltada ao SER do que ao TER , mas a todo instante somos submetidos diretamente ou indiretamente a algumas provações na vida, e aí voltamos a nos questionar.
Bem, porque dos questionamentos, reflexões...?, é que algumas semanas atrás minha cunhada "perdeu tudo que ela construiu na vida" em um incêndio do seu apartamento que ocorreu na Tijuca no RJ. Não sobrou nada, ou quase nada! lá sem foram móveis, roupas, eletrodomésticos, enxovais de casamento, fotos, computador..tudo!
Parecia uma grande tragédia!, fiquei pensando que se fosse comigo..não sei o que faria, comecei a pensar nas minhas roupas, minhas bijouterias que eu amo tanto, meu enxoval e albúm do casamento...eita! pensei: -  mas vc nao é tão ligada ao SER?. Descobri que apesar de sempre estar numa busca constante pelo SER, pelo sentido da vida, vi o quanto o TER pesa. e o quanto somos apegados aos nosssos bens materiais.
E os questionamentos continuaram ...pq a grande maioria das pessoas passam a vida buscando o TER, se  este é tão temporal? hoje temos tudo ou o suficiente, e amanhã não temos nada!
O que de fato estamos acumulando ao longo de nossa breve jornada aqui na terra? Porque às vezes queremos acumular tanto ao ponto por vezes ignorar nossa essência e a busca pelo nosso propósito real de vida? por que o SER pode ficar pra depois do TER? porque acumular bens pensando no futuro, se tão pouco sabemos o que será dele. 
Em um primeiro momento o que parecia uma grande tragédia,  vieram as reflexões, os aprendizados e meus desejos....será que ela realmente perdeu tudo que construiu na vida? afinal ela perdeu bens materiais, mas ganhou talvez a maior oportunidade da vida dela de resignificar muitas coisas. Espero que ela esteja aproveitando a oportunidade pra fazer descobertas incríveis, como eu estou fazendo a partir desta experiência que ela está passando. 
O espírito de solidariedade que ela e família estão recebendo só nos mostra o quão é importante investirmos e dedicarmos nosso tempo àqueles que amamos, ou à quem precisa de ajuda. Ela é uma pessoa muito querida no seu meio social, amorosa e está sempre disponível a ajudar. Não podia ser diferente ela receber todo o amparo, carinho, preces que ela tem recebido. Os bens materiais se foram, mas os espirituais, fraternais ficaram e isso talvez tenha sido o que mais grandioso ela construiu ou vem construindo na vida.
Então meu maior aprendizado tem sido de que na vida nao podemos ter tudo, e por isso passamos grande parte dela, senão for quase diariamente, fazendo escolhas. Penso que estas deveriam ser por tudo aquilo que nos faz feliz e que traduz o que realmente somos, e não aquilo que temos. Somos apenas depositários dos bens que acumulamos nesta jornada e não poderemos levar nada daqui a não ser os laços de amor que construimos, as sementes do bem que plantamos, o conhecimento que adquirirmos.
Meu desejo, é que a gente possa encontrar o equilibrio entre o SER e o TER, e que a gente reflita: o que é mesmo que estamos acumulando nesta jornada?.
Beijo grande!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Que sentimentos estamos cultivando dentro de nós?

Certo dia, uma amiga e eu estávamos conversando sobre vários assuntos e ela disse: “As pessoas que nós mais amamos, são as que mais nos magoam”; e eu concordei!, porém também fiquei refletindo sobre e o por quê?.
Primeiramente pensei: - deve ser porque elas nos dizem coisas que ninguém mais diria se não tivesse intimidade, ou porque será  que é nelas que depositamos todas as nossas expectativas e quando não somos atendidos, nos sentimos frustrados, magoados? ...pode ser tudo isso e mais um pouco. Mas a verdade é que como tudo na vida se olharmos só por este prisma, é só isso que veremos, e as amizade, os laços de família podem se tornar fardos, um poço de mágoas e sentimentos de rejeição, ou começamos a querer julgar quem serve e quem não serve para fazer parte da nossa vida.
Então prefiro pensar que eles nos magoam porque são humanos, porque nós também somos e por isso nos permitimos ser magoados e somos frágeis ao ponto de conseguir ser tomado pela pequenez deste sentimento. Acho importante não evitar o sentimento, afinal diz a vã filosofia: Tudo vale a pena quando a alma não é pequena..sentimentos fazem parte de nosso dia a dia, sejam eles quais forem, e precisamos nos permitir sentir!
Reflito apenas sobre o que fazemos com este sentimento. Podemos escolher: cultivá-los ou lutar contra ele? Se for mais forte que a gente, talvez tentar olhar por outro prisma, se aprofundar e buscar entender de fato qual era a sua expectativa e por que será que aquela pessoa não conseguiu atendê-la, pode ser uma saída. Nos perguntar talvez: - Será que ela seria melhor ou pior se tivesse feito diferente? – talvez você se surpreenda e veja que assim como nós, as pessoas também tem as suas limitações, tem visões de mundo diferente, não estão num bom dia, ou talvez porque aquilo que ela esteja oferecendo seja o melhor que ela pode te dar naquele momento ou ainda é o que a condição dela evolutiva permite oferecer.
Enfim, tem uma frase que ouvi do meu pai: quem julga, não tem tempo para amar! Se eu pudesse desejar algo as pessoas que eu amo, ao mundo, e a mim mesmo pois também sou aprendiz nesta jornada seria: Amemos mais e julguemos menos! Que a gente se permita sentir o turbilhão de sentimentos bons e ruins que a vida nos oferece, e não menos extrair mais lições do que julgamentos; mais amor do que rancor; mais alegria do que tristeza, mais vida do que morte, mais a grandiosidade dos pequenos gestos, do que as raras vezes em que estes gestos já nos machucaram em anos de existência.
Cristo quando passou pela terra com seu propósito educador nos ensinou: amar ao próximo como a nós mesmo, com a mesma capacidade de perdão que temos para com nossas faltas ou que gostariam que tivessem. E o maravilhoso Chico Xavier nos presenteou com uma de suas colocações fraternais como sempre e que toca profundamente o meu coração: “ Valorizemos o amigo que nos socorre, que se interessa por nós, que nos escreve, que nos telefona pra saber como estamos indo. A amizade é uma dádiva de Deus, mais tarde haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar a solidão”
Amem muito! Pois é isso que faz sentido da vida!
Grande Beijo!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Decidi falar de amor...


Este texto eu escrevi a alguns anos atrás, sempre ficou guardado, e hoje decidi compartilhar. É gostoso você ler algo que escreveu a tanto tempo atrás, mas que o tempo não apagou a essência do que realmente gostaria de dizer. Se alguém ler, espero que gostem.

"Descobri que o amor nasce na verdade, do que é simples....e  simplesmente porque é espontâneo
Descobri que o amor não é condicionado pelo tempo...mas é construído ao longo do tempo por quem o procura e por quem se predispõe a encontra-lo.
Descobri que o amor não vem do que é perfeito, e sim de quem você é, ou ainda do quanto se gostaria e se tenta ser melhor para o outro
Descobri que o amor se traduz nas pequenas coisas : no olhar, nos pequenos gestos, nas palavras mais simples, na lembrança, na humildade de agradecer e se desculpar, na felicidade e na dor do outro, no prazer da companhia e na saudade infinita quando ele (a) não está.
Descobri que o amor fala através do coração, do respeito, da admiração, da reciprocidade....que se enrubrece na hora do sexo,e se eterniza nos braços de quem te desperta tamanho sentimento.
Descobri que o amor pode vir com acaso, com o contrário, com as diferenças, com as coincidências, bem de longe e bem de perto.
Descobri que o amor doe quando se tem medo de perdê-lo, quando há possibilidade dele (a) ir nunca mais voltar, aí a dor realmente toma espaço!.
Mas descobri que amor também acalma, acalenta, te protege, principalmente quando ele toma conta dos teus sonhos e você passa a querer, a sonhar e a pensar a dois....
Descobri que é difícil mensurar o amor e tudo que ele é capaz de alcançar. 
Descobri porque o amor é a lei maior do universo e porque sem ele nada seriamos."
Permitam-se descobrir o amor!
Grande beijo!

Capacidade de observar: conexão ou desconexão?

Às vezes me impressiono com a minha capacidade de observação. É até de certa forma paradoxo, pois dizem que quem fala muito, pouco escuta, pouco observa. Espero não ser este o meu caso.rs..
Um dia eu participava de um processo seletivo que dentre 13 candidatos estava um casal. Ninguém havia percebido, até porque não tinham o mesmo sobrenome e não mencionaram nada durante a dinâmica, como ninguém de fato havia percebido, ao final do processo, lá estava o casal como finalista, acabei precisando comentar com o time que estava recrutando sobre isso, pois tratava-se de uma informação importante na reta final.
Outro dia cheguei em um local e vi duas pessoas conversando, e pelo semblante, gestos daquelas pessoas percebi que algo não muito bom havia acontecido naquele fim de semana. Comentei com uma terceira pessoa que estava próximo delas, pois eu poderia estar enganada, e me ela perguntou pq eu achava aquilo..enfim, batata! cinco minutos depois a pessoa com quem fiz o comentário disse: - É realmente você tem razão, aconteceu mesmo.
Esta semana na dança encontrei duas colegas que fazem aula no mesmo horário que o meu, uma mãe e uma filha que há tempos não via. Fiquei surpresa em vê-las, pois tinha achado que haviam desistido. Elas simpáticas como sempre, mas percebi que tinha algo diferente com a filha, não só por visualmente ela ter ganho uns quilinhos a mais, mas havia algo no olhar dela, estava dispersa, com um semblante diferente, as mãos entrelaçadas mas um pouco tremulas, movimentos mais lentos. Percebi um excesso de cuidado da mãe, algo pouco atípico quando se trata de uma moça que deve ter a minha idade aproximadamente. Ontem nos encontramos novamente, e a mãe comentou comigo que a filha não estava querendo dançar e comentou que ela está em tratamento para depressão.
Esta mania, se é que posso chamar isto assim, também já me deixou em apuros também. Certo dia vieram tomar satisfação comigo em uma fila de banco por acharem que eu estava olhando fixamente para a pessoa. Em momentos de lazer com meu marido, ele diz que deixo de interagir para prestar atenção em uma cena que nada tem a ver com a minha vida. Chega a ser engraçado quando me recordo das saias justas.
Eu chego a me desconectar de onde estou para observar algo que está em minha volta. Pessoas que convivem muito comigo, já chegaram a dizer que desligo e chego a perder alguns segundos da minha vida por estar desconecta. Será que isto realmente é uma desconexão ? Confesso a vocês que vejo esta minha mania, habilidade, vício sei lá o que, como uma enorme oportunidade de sair do meu mundo e observar, sentir, de certa forma viver o mundo do outro. Ao mesmo tempo que me desconecto,  me conecto com outras vidas, pessoas, histórias, momentos. Me sinto feliz por usar meus sentidos, que Deus me deu para perceber o outro, e tudo que está em volta: nuances, gestos, semblantes, movimentos...acho que isto fez com que eu me tornasse mais sensível a muitas coisas.
São minutos, ora segundos conectada a "mundos" maiores que o "meu mundinho", que é tão pequeno perto da beleza do que está em nossa volta.
Espero perder vários segundos da minha vida assim...
Grande Beijo!


O primeiro de muitos..


Finalmente..meu primeiro post
Há quase dois anos participei de um workshop de team building que mexeu muito comigo. Foram dois dias de imersão onde tive o prazer de conhecer pessoas incríveis, além de ter tido a felicidade de entrar em contato com fases da minha vida. O mais gostoso foi de lembrar quantas descobertas eu fiz ao longo dos meus 30 anos de vida (naquele momento) e o que eu havia me tornado até então.
Mas nao parou por ai...comecei a olhar para o futuro para o que ainda tinha por realizar, comecei a resgatar sonhos, coisas que me deixavam em estado "full", pra quem não sabe, em êxtase!! e  me propus a dividir melhor os papeis na minha vida, pois até então tudo que eu via era trabalho, trabalho e trabalho (que também me deixa em estado full)..uma réu confessa workholic!. Voltei a entrar em contato com um lado meu que estava totalmente adormecido.
O que isso tudo tem a ver com meu primeiro post? - Escrever me deixa em estado "full", e tem tudo a ver com meu propósito de vida. Com o tempo talvez eu fale mais sobre isso, sobre outras paixões, propósitos, valores, talentos que eu comecei a ter contato quando me propus a me auto-conhecer, porém hoje quero falar deste momento, do quão é especial poder escrever, falar de coisas que leio, escuto, sinto, aprendo, descubro. Não tenho pretensão que sejam verdades absolutas, apenas tenho uma sede ENORME em COMPARTILHAR tudo que a vida e o ser humano tem me presenteado nesta jornada.
Espero que esta seja mais uma experiência grandiosa que a vida esteja me dando. É o primeiro de muitos..

Grande beijo!